Instrumentos de Sopro e de percussão, ensaios, interação e companheirismo são alguns dos resultados que a Vila Princesa tem presentes no dia a dia, desde a parceria da Vepema – Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas do Tribunal de Justiça de Rondônia, nos projetos sociais da Fanfarra e do Karatê, que, devidamente apresentados e cadastrados, passaram a funcionar com melhor qualidade.
O professor e vice-diretor da Escola Municipal de Ensino Fundamental João Afro Vieira, Cleiton Braga, atesta a melhoria na participação dos 30 integrantes da Farjav - Fanfarra Rítmica João Afro Vieira, que capacita os alunos e alguns adolescentes da comunidade Vila Princesa, a usarem a música como arte e terapia.
“Nós nos reunimos toda segunda feira. Os alunos que estudam à tarde vem pela manhã e vice versa. No sábado, fazemos oficina, com aulas de teoria musical e a prática, com as escaletas que foram doadas pela Vepema. Os ex-alunos que já foram para outras escolas em função da idade, mas que também moram na comunidade, continuam participando”, afirma o professor.
A faixa etária é de 7 até 14 anos e, segundo Cleiton Braga, depois do apoio da Vepema, tanto para a Escola quanto para a Comunidade, a repercussão tem sido muito boa. “Em 2017 nós só tínhamos um material que consegui emprestado e a gente levou meio na raça. Já em 2018, a partir da parceria da Vepema, conseguimos mais instrumentos e tem sido bem melhor, porque eles tem uma diversidade bem maior de material para poder conhecer e assim, aos poucos, eles tem se envolvido cada vez mais”.
O professor conta que ainda estão em fase de ensaios e estruturação mas, mesmo assim, pretende levar a Farjav a participar do concurso de Fanfarras em Candeias do Jamari; à Copa de Fanfarra e ao Confaban – Concurso Interestadual de Bandas e Fanfarras.
A mudança de atitudes e comportamentos é percebida pelo professor, que afirma ter conseguido alcançar e influenciar positivamente a dinâmica de vida das crianças na escola e nas amizades, onde se nota mais respeito e companheirismo. Ele observa que a comunidade também acaba se envolvendo no projeto. “Eles acham bonito quando a gente faz o desfile de sete de setembro na Vila. Gostam de assistir e se sentem valorizados. Os pais vão na escola procurar saber a respeito dos ensaios, da participação e do comportamento dos seus filhos”.
A Diretora da Escola, Jaquelene Costa elogiou o empenho do professor, que se divide entre as tarefas de lecionar e a fanfarra, cujos ensaios são realizados no espaço da escola, já que não há quadra. “Antes, as crianças queriam participar e não tinha instrumentos para todos e nem recursos para comprar. Agora temos bastante instrumentos e mais participação, desde os pequeninos até os maiores, que já foram estudar em outras escolas”, comemora a diretora.
Aulas de Karatê na Vila Princesa
A arte marcial japonesa também está presente na vida de algumas crianças da Vila Princesa. O Sensei Erivelto Duarte, que depois de várias tentativas de apoio em outras entidades e órgãos, obteve a parceria da Vepema para o seu projeto, disse que “nada se compara ao sentimento de realização por contribuir com o desenvolvimento das crianças fazendo o que gosto”.
Há quase tres anos de parceria com a Vepema, o sensei se orgulha ao citar os Projetos 1º e 2º Festival da Criança de Artes Marciais com apoio do TJRO. “Com o apoio a esses eventos, ainda arrecadamos quase 3 mil quilos de alimentos, que foram doados para famílias carentes do Bairro Castanheira”, lembra.
Para o projeto de Karatê da Vila Princesa, a Vepema deu todo o suporte de material de consumo, como luvas, kimonos, coletes e tatame. Os treinos também são na escola. “Hoje estamos com 34 na ativa e nosso objetivo é inserir mais 30 para completar o quadro”, conta Erivelto.
Os participantes tem entre 5 e 17 anos. As aulas são duas vezes por semana de manhã e a tarde, e a aceitação é muito grande. “Uma maravilha, eles não tem nada lá, quando chegamos com alguma atividade como esta é uma novidade muito bem aceita e comemorada.
Para o professor, a atividade ajuda, de certa forma, na formação educacional. Tiramos as crianças da rua, de um ambiente sem ocupação; eles ficam maravilhados com os equipamentos que recebem e isso eleva a auto-estima, o que também é muito importante”, enfatiza Erivelto, que tem 25 anos de profissão.
Assessoria de Comunicação Institucional