Analistas apresentaram o framework Sinapses, reconhecido nacionalmente
A Inteligência Artificial foi o tema de mais uma edição do Café com Inovação, nesta sexta-feira (29). A exposição, feita pelos analistas do Tribunal de Justiça de Rondônia, Felipe Colen e Cleiton Augusto, buscou apresentar os benefícios de tecnologias avançadas aplicadas ao Judiciário que contribuem com o cumprimento das metas institucionais.
Em uma apresentação dinâmica com vídeos, o analista Felipe Colen traçou a trajetória do avanço da tecnologia para auxiliar no trabalho de pessoas e instituições. Segundo ele, os primeiros passos da implantação de modelos de IA dentro do Tribunal de Justiça de Rondônia, por incentivo do desembargador Walter Waltenberg, em busca da celeridade em processos de aquisição de medicamentos.
Depois de instituir uma comissão de analistas, que buscou de outros órgãos para trazer ao Judiciário rondoniense e produzir um Estudo Técnico Preliminar para aquisição de soluções de IA para o Judiciário, foram quatro processos licitatórios, sendo apenas um exitoso, de um chatbot, que ainda será implantado. A experiência, segundo Felipe, foi importante para despertar nos servidores o interesse em produzir algo próprio. Depois de uma capacitação de Data Science Academy foi possível produzir a primeira solução tecnológica, batizada de Tipo Movimento Magistrado.
Com o sucesso da primeira ferramenta, que produziu bons resultados, houve o incentivo para capacitação de servidores para auxiliar no desenvolvimento de novos modelos. Batizado de Sinapses, o framework produzido pelo TJRO, foi destaque em eventos nacionais como o Expojud – Congresso de Inovação, Tecnologia e Direito para Ecossistema de Justiça, Encontro Nacional de Tecnologia da Informação da Justiça Estadual, Campus Party e outros.
O Sinapses faz uso de Rede Neurais Artificiais no processo de aprendizagem e predição, e foi nacionalizado em outubro de 2018 por meio do Termo de Cooperação Técnica celebrado entre o TJRO e o Conselho Nacional de Justiça. “O objetivo do Sinapses é auxiliar nessas atividades repetitivas, em que a pessoa acaba perdendo muito tempo para analisar casos parecidos e com isso demora a decisão”, explicou o palestrante.
Um exemplo apresentado foi de uma simples distribuição de processos que pode custar tempo. Só em 2017, deram entrada no judiciário 227 mil novos processos. “Só para organizar isso, colocar no lugar certo do PJe, uma simples conferência, é necessário em média 2 minutos e 50 segundos. Ou seja, só para essa demanda nova seriam quase trinta servidores para realizar isso em um período de um ano. Com o Sinapses, essa organização é feita automaticamente”, explicou.
Outro expositor foi Cleiton Augusto, que demonstrou, na prática, o funcionamento do framework. Os analistas também responderam perguntas de participantes e também de pessoas que assistiram à palestra pelo canal do TJRO no YouTube.
Assessoria de Comunicação Institucional