A pandemia da Covid-19 trouxe inúmeros desafios para todos e nas mais diversas áreas da vida. A educação é uma das áreas que precisou passar por reformulações significativas diante da necessidade de manter o distanciamento social. Tais mudanças afetaram diretamente todos os atores escolares (educadores, alunos, pais/responsáveis, entre outros) e a expectativa de muitos era de que, neste novo ano letivo, as aulas retornassem totalmente ao modo presencial. Entretanto, devido ao elevado número de casos da Covid-19 e às determinações das autoridades sanitárias, é provável que muitas escolas precisem permanecer com a educação à distância ao menos nos primeiros meses de 2021 ou que tenham que retomar ainda de forma híbrida (virtual e presencial).
Com o objetivo de auxiliar mães, pais, tios, avós, padrastos, madrastas e/ou outros responsáveis por crianças e adolescentes em idade escolar a Divisão de Saúde e Bem-Estar Organizacional do Tribunal de Justiça de Rondônia dará algumas dicas de cuidados com a saúde voltadas para esse período de estudo domiciliar, bem como orientações em caso de retorno às aulas presenciais.
Inicialmente voltadas para o publico interno o TJRO, as recomendações também servem para o publico externo, que enfrenta as mesmas dificuldades impostas pela sanitária.
A primeira dica é avaliar a experiência do ano anterior e levantar aspectos que podem ser melhorados. Você já avaliou a forma como a educação dos filhos ficou organizada no que passou? Quais as estratégias que funcionaram? E quais não funcionaram tão bem e que podem ser melhoradas? Existem outras pessoas no ambiente familiar que podem auxiliar e tornar essa função mais leve? A sugestão aqui é para fazer uma avaliação objetiva, como, por exemplo, a organização do ambiente físico, horários, rotina das demais atividades das crianças e adolescentes em conjunto com as demandas familiares.
A organização ou reorganização da rotina de forma a deixar as atividades mais fluídas, pode incluir as crianças. Você pode fazer isso perguntando diretamente para eles se há algo que possa ser feito para tornar o momento do estudo mais prazeroso e menos cansativo, especialmente, no caso das crianças que permanecerão assistindo às aulas virtualmente.
A segunda dica para cuidar do emocional das crianças e adolescentes neste contexto é: criem espaços e momentos para que eles possam falar dos próprios sentimentos, medos, tristezas e preocupações! Para isso, pode-se usar de momentos de conversa de escuta individual e/ou coletiva, desenhos e outros trabalhos manuais. Esses momentos são importantes para que as emoções das crianças sejam validadas e acolhidas, mas também podem trazer informações e questões a serem pontuadas com a equipe escolar.
A escola é um ambiente atrativo para as crianças tanto pela aprendizagem quanto pela interação com os pares. No virtual, a socialização fica restrita. As crianças não têm aqueles minutos em sala com os colegas para conversarem afinidades e o horário do intervalo, comumente usado para socialização entre eles, também está afetado, pois hoje a maioria das crianças opta por desligarem-se dos celulares/tablets/computadores neste momento devido à exaustão, além de ser esse desligamento indicado considerando os aspectos ergonômicos.
Neste sentido, uma dica é: estimulem e oportunizem às crianças momentos de interação com os colegas de sala em outros horários. A interação pode se dar, por exemplo, por videochamadas, troca de cartas e desenhos e ligações telefônicas. A vinculação afetiva com os pares e com os educadores é essencial no processo de ensino-aprendizagem.
Notadamente, a exaustão dos adultos diante do acúmulo de atribuições domésticas e laborais interfere na qualidade da atenção e paciência dispensada às crianças e adolescentes. Essas dicas são com o objetivo de estimular a adoção de comportamentos e movimentos que tornem essa experiência mais leve.
Assessoria de Comunicação Institucional