Os desafios e as conquistas do Núcleo Psicossocial da Vara de Proteção à Infância e Juventude de Porto Velho durante o ano 2020 foram apontados em um relatório de gestão produzido pela unidade. O levantamento revela o esforço da equipe para manter a prestação jurisdicional e ao mesmo tempo garantir as medidas de distanciamento social em função da pandemia da Covid-19, que impactaram o planejamento das ações no ano de 2020.
Com ajuda da tecnologia, a equipe do Nups, composta por psicólogos e assistentes sociais buscou as melhores formas de adaptar o trabalho, inaugurando o uso de plataformas virtuais e ferramentas digitais, como Zoom e Google Meet no enfrentamento de dúvidas e incertezas sobre como proceder diante dos fluxos estabelecidos em relação as demandas da Vara, como acolhimentos institucionais, fiscalizações de unidades de acolhimento, pedidos de habilitação para adoção, colocações de crianças e adolescentes em famílias substitutas, visitas domiciliares, atendimento às crianças e adolescentes vítimas de violências, além de capacitações.
A instituição do trabalho em homeoffice não impediu a manutenção dos atendimentos. Durante o período foram emitidos mais de 400 relatórios. Mais de 500 entrevistas online, 727 atendimentos via whatsApp, 859 contatos por e-mail, 42 participações em audiências e 1033 atividades administrativas e planejamentos foram outros números produzidos pela vara durante o ano.
A tecnologia também tem desempenhado papel fundamental para garantir que muitas ações já programadas, pudessem ser executadas, a exemplo de campanhas de conscientização visando o combate à violência contra crianças e adolescentes. Com foco na proteção das crianças durante a pandemia, a equipe viabilizou a campanha Quarentena Sem Violência, realizada em abril para mobilizar a sociedade e conscientizar as famílias na busca de solução de conflitos no ambiente doméstico.
Foram produzidos material informativo, com números de telefones dos conselhos tutelares de cada região, para facilitar o registro de denúncias em casos de violência contra a criança ou adolescente. Para ampliar as ações, também foram realizadas lives com a juíza titular, Euma Tourinho, além de psicólogos e assistentes sociais da Vara e de outras instituições que atuam na proteção de direitos.
Outro dado significativo do relatório diz respeito às crianças e adolescentes em unidades de acolhimento. De um total de 121 que estavam acolhidas em 2020, 51 foram reintegradas às famílias biológicas ou extensivas e 17 foram para adoção.
Nas últimas décadas, o Núcleo Psicossocial da Vara de Proteção à Infância e Juventude de Porto Velho, por meio das seções específicas; Coordenação do NUPS, Assessoramento Psicossocial, Colocação Familiar, Fiscalização de Programas Protetivos e Identificação e Providências, seguindo eixos estratégicos delineados pelo TJRO, tem apresentado diversos projetos operacionais voltados à aprendizagem profissional, para elaboração atualização de material didático destinado a trabalho com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social ou para aquisição de materiais específicos seja para intervenções em grupo ou atendimento individual.
No meio de tantos sentimentos de medo e angústia, a equipe comemorou as novas instalações físicas da Vara de Proteção, que desde janeiro de 2020 está funcionando no 4º andar do Fórum Desembargador César Montenegro, em espaço adequado para o desenvolvimento das atividades planejadas, com destaque para o auditório e salas específicas para atendimento.
Assessoria de Comunicação Institucional