No Tribunal de Justiça de Rondônia, como nas instituições cujo cumprimento da missão é consonante com a preservação dos recursos naturais, não somente por obrigação, mas pela conscientização, a água tem atenção e cuidados especiais. Seja nas ações, metas, planos, resoluções ou gestão dos processos de trabalho, a sustentabilidade é inserida de forma permanente. De acordo com o Relatório de Gestão Socioambiental, o ano de 2020 registrou, como reflexo da pandemia, uma redução de consumo de 1.752 m³ de água no TJRO, devido a suspensão do atendimento presencial e o comparecimento de servidores nas unidades do Judiciário limitado ao necessário.
Apesar do motivo inesperado, o TJRO traça planos para o uso racional do recurso por meio de ações de conscientização, pois nem mesmo os lugares onde há água em abundância estão isentos da poluição de seus mananciais e dos custos nas etapas de tratamento como cloração, filtração, desinfecção, etc..
Logística Sustentável e estratégica
O Plano de Logística Sustentável do TJRO é um instrumento vinculado ao planejamento estratégico da instituição. Objetivos, responsabilidades, metas, ações, prazos, monitoramento e resultados são estabelecidos de forma que as práticas de sustentabilidade, racionalização e qualidade garantam melhor eficiência do gasto público e da gestão dos processos de trabalho, considerando a visão sistêmica.
Com o fim da vigência do Plano de Logística Sustentável em 2020, a Comissão Gestora do PLS reuniu históricos, práticas, experiências e, em diálogo com as unidades, construiu o novo plano, que vigora até 2023.
O novo documento foi elaborado com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da ONU. Eixos temáticos, como no anterior, preveem o consumo consciente de materiais como copos descartáveis e papel, bens permanentes, utilização adequada de água tratada, combustíveis, energia elétrica, bem como os aspectos de inclusão, acessibilidade e qualidade de vida dos servidores, magistrados, terceirizados, estagiários e jurisdicionados.
De acordo com o presidente da Comissão Gestora do Plano de Logística Sustentável, juiz auxiliar da presidência do TJRO, Guilherme Baldan, “o plano nasce mais próximo dos gestores e mais alinhado ao modelo de gestão atualmente implementado pelo PJRO. Com as novas metas e indicadores pretende-se contribuir para tornar a instituição ambientalmente mais responsável, socialmente mais justa e inclusiva, além de economicamente mais eficiente”.
Combate ao desperdício
Conforme a Resolução 171/2020, que implantou o novo PLS, o uso sustentável de recursos, serviços, materiais e bens do TJRO tem como pilares, além do consumo consciente, o combate ao desperdício. Além disso, a manutenção da quantidade ideal desses recursos em cada unidade de trabalho é rigorosamente avaliada, de forma que a eficiência seja mantida e o foco das ações e dos recursos seja o atendimento satisfatório do jurisdicionado.
O documento prioriza o cumprimento dos indicadores que compõem o Índice de Desenvolvimento de Sustentabilidade – IDS, avaliado pelo Conselho Nacional de Justiça, dentre os quais o consumo de água (m³) per capita é contemplado.
Segundo a diretora do Nages, Maiara Ribeiro, “soluções de consumo eficiente já vem sendo implantadas nos prédios do TJRO, seja nos novos, durante a construção, ou adequações nos antigos, que inclui estudos para verificação da necessidade de modernização do sistema de esgoto, justamente para reduzir o impacto do grau de poluentes da água descartada no Meio Ambiente, além da realização de campanhas”.
Desde torneiras e descargas ecologicamente corretas, com uso reduzido de água, até sistemas de captação de água pluvial nas novas estruturas, além de reúso de água, como no prédio do Fórum de Ji-Paraná, inaugurado em dezembro de 2020, onde toda a água drenada e da chuva que cai no telhado vai para uma cisterna e depois para caixas d’água elevadas para, então, serem distribuídas aos sistemas de hidrantes, vasos e mictórios, o TJRO é um grande fomentador da cultura socioambiental que proporciona boas práticas, além do local de trabalho.
A diretora do Nages, Maiara Ribeiro, afirma que “o trabalho de conscientização e práticas sustentáveis do TJRO reflete tanto no ambiente de trabalho como na vida familiar e social dos integrantes da instituição e que, aos poucos, comportamentos ecologicamente corretos vão se transformando em hábitos de vida saudável para pessoas e meio ambiente”.
Assessoria de Comunicação Institucional