( Oficina de pais e filhos)
Atividade orientada pelo Conselho Nacional de Justiça busca garantir direitos de crianças e adolescentes
Divididos por salas temáticas, pais, mães, crianças e adolescentes envolvidos em contexto de separação recebem orientações direcionadas para cada público sobre a melhor maneira de enfrentarem juntos essa nova realidade familiar. São as oficinas de Pais e Filhos, promovidas pelo Núcleo Psicossocial das Varas de Família da Capital, que foram retomadas no modo presencial nesta semana. Quase 40 famílias foram convidadas a participar das palestras que destacam a importância da convivência pacífica e comunicação não-violenta.
As oficinas são realizadas mensalmente. O programa é recomendado pelo CNJ e que responde a uma necessidade detectada pelos profissionais ao se depararem com várias situações no atendimento aos casais em fase de ruptura do relacionamento e com filhos menores. O programa interdisciplinar se apoia na literatura sobre os efeitos do divórcio e na importância de os pais e demais membros da família buscarem maneiras saudáveis de lidar com o término do casamento.
Na sala voltada para as crianças, a linguagem é lúdica e animada. O tema é trabalhado de forma leve, buscando oferecer orientação aos filhos de casais que passam pelo processo de separação. Com gibis, pinturas e outras brincadeiras, profissionais da vara contam histórias que envolvem o divórcio. Para os adolescentes, o assunto é abordado de forma mais séria e levando em consideração a faixa etária.
Outro foco da oficina são os pais, para quem são expostos conteúdos para reflexão. A prevenção da alienação parental, que ocorre a partir de processos conflituosos, nos quais uma das partes busca manchar a imagem do ex-cônjuge perante os filhos, é um dos objetivos. “É difícil lidar com essas situações e conseguimos tirar dúvidas que tínhamos, avaliar nossas condutas para criação dos nossos filhos”, avaliou uma das participantes da oficina.
(oficina de pais e filhos )
O juiz titular da 1ª Vara de Família, João Adalberto Castro Alves, explica que a legislação brasileira, por ser muito protetiva com relação aos direitos da infância, exige essa sensibilização. “São as experiências de quem já passou por esse processo, muitas vezes traumático, que, quando transmitidas, vão auxiliar e facilitar a compreensão nessa fase de transição”, destacou.
O coordenador do Serviço de Apoio Psicossocial das varas de Família, Fredson Batista, avalia que desde quando as oficinas tiveram início, em 2016, muitos resultados positivos foram registrados. “A maioria dos participantes se sensibilizou e relatou melhora na relação parental. Além disso, dados estatísticos apontam aumento no índice de decisões consensuais dentre os participantes das oficinas”, conta.
Assessoria de Comunicação Institucional