Um espaço colorido, festivo, divertido. Cenário para um encontro especial entre crianças acolhidas nas unidades municipais, pretendentes à adoção, famílias que adotaram, servidores(as) da Equipe de Colocação Familiar do NUPS de Proteção à Infância e Juventude e o magistrado da Vara de Proteção à infância e Juventude de Porto Velho. Foi a proposta do “Encontrando”, evento realizado para integrar e proporcionar um olhar mais ampliado para as possibilidades e perfis de adoção.
“É uma proposta inovadora. Uma atividade lúdica, cultural, inclusiva, protetiva, eu diria inédita mesmo. Podemos constatar a alegria de todos, a dedicação, o amor, o empenho. É um entusiasmo, só quem vive esse momento aqui sabe o quanto esse trabalho edifica os laços da Vara de Proteção”, comemorou o juiz Flávio Melo, titular da Vara.
Para os profissionais que lidam com a adoção, a convivência fora de uma unidade acolhedora é essencial para as crianças como recurso para amadurecimento de habilidades socioemocionais. Sair da rotina, passear, participar de brincadeiras, de jogos e de dinâmicas, representa oportunidade de uma vida normal, que toda criança e adolescente merece e tem direito.
“O fato de estar institucionalizado não pode cercear o direito da criança de experienciar momentos lúdicos, do convício em espaços comuns, comunitários, participar de festinhas, de comer brigadeiro, ir no parquinho, enfim de fortalecer sua autoestima, desenvolver perspectivas de pertencimento e de vinculação, de esperança, que são necessidades além do acolhimento institucional”, explica Maria de Fátima
“Trazê-los para um ambiente desse, com as pessoas dando carinho, amor, com um olhar diferente, é muito importante para eles”, disse Glenda Coutinho Alencar, coordenadora do Lar do Bebê.
Pretendentes
O casal Edinei e Evaldo se cadastraram como pretendentes em janeiro. Fizeram o curso de preparação para adoção, entraram na fila de espera do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) e agora aguardam a vez de ampliar a família. “O evento nos coloca diretamente com as crianças e nos dá a chance de conhece-las um pouco mais”, opina Edinei. “Estão de parabéns pela iniciativa, está sendo muito importante esse contato”, declarou Evaldo.
Júlio César e Márcia, também pretendentes, elogiaram o projeto. “É uma maneira de abrir a porta para a sociedade enxergar, de maneira positiva, a adoção de crianças que precisam de um lar”, disse Júlio. “Eu achei maravilhoso. Podermos estar pertinho assim das crianças que estão disponíveis para adoção, e fora do abrigo, é a primeira vez que vejo isso”, surpreendeu-se Márcia.
Rosemary e Giusepe vieram como suporte aos novos pais, pois a história deles é um exemplo exitoso de família por adoção, composta pelo casal e os filhos Ester, 18, Ruthiana, 21 e Antônio, 18. “E agora já temos uma neta, a Mel, de 2 anos”, conta Giusepe com alegria.
Perfis ampliados
Outro aspecto importante do projeto é apresentar a possibilidade de perfis diferentes aos desejados pelos pretendentes. Crianças especiais, que geralmente encontram dificuldade para encontrar uma família, participam do Encontrando para justamente superar o preconceito que muitos podem ter em relação a elas.
Assessoria de Comunicação Institucional