Um Canto em favor das matas. Evocação que abre o espetáculo "Um canto para todos, Cantando Histórias", formado pelos corais Vozes do Madeira, do Tribunal de Justiça, Canto Livre, do Ministério Público e Moradia e Cidadania. O musical estreou em grande estilo, nessa segunda-feira, dia 23, e promete arrebatar o público em mais três noites, no teatro Guaporé, em Porto Velho: 24, 26 e 27 de outubro, sempre às 20 horas.
Com roteiro que homenageia a capital de Rondônia, o musical resgatou histórias dos próprios coralistas e suas experiências como imigrantes ou filhos da terra. Sempre entremeadas com belíssimas canções do cancioneiro local e nacional, de excelentes compositores como Bado, Zezinho Maranhão, Chico Buarque ou Gilberto Gil. O espetáculo segue o movimento das populações, desde a origem com a Ferrovia Madeira Mamoré, passando pelos ciclos econômicos, até os dias atuais, sempre com saudosismo e respeito pela rica e bela trajetória.
"Cara de índio", de Djavan, faz menção aos primeiros habitantes da terra. "Correnteza" abaixo, as "Lavadeiras" alegres atestam "Porto Velho um bom lugar"; para quem veio de outras terras, onde o "Lamento sertanejo" entoa, a "Sede" é por oportunidade, o que a maioria encontra.
Mas a canção pode refletir também tristezas, dores. "No funeral de um lavrador", um dos momentos mais emocionantes do espetáculo, quando a história da morte do pai de um dos coralistas é associada a canção de Chico Buarque nos versos do pernambucano João Cabral de Melo Neto.
No "Clube da equina", "Quem cantará o Mocambo?”. O crescimento da cidade se faz em canções e encenações surpreendentes, com uma jocosa "Geni", na qual os coralistas se derramam como intérpretes. Ponto alto do show, que merecia bis.
E, ainda, tem "Meu Guri", irônica e atual, "Sina", pra seguir a vida da cidade e "Bola de meia, bola de gude", resgatando a criança interior de quem assiste e de quem canta.
Sim, cantando história, contando a vida, não há como não se emocionar com "Canto para todos".
Assessoria de Comunicação Institucional