Com o objetivo de aproximar e agradecer aos profissionais da mídia pela mediação do Judiciário com a sociedade, o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), por intermédio da Coordenaria de Comunicação (CCOM), promoveu na noite de quarta-feira, 9, uma palestra sobre o "Novo Cenário da Comunicação”. A palestra foi proferida pela jornalista Patrícia Marins, que, entre outros, é especialista em comunicação integrada, com ênfase em posicionamento de imagem, gerenciamento de crise, programas de relações públicas e public affairs.
Durante a cerimônia foi exibido um vídeo sobre as atribuições da CCOM. Ao se pronunciar, na abertura do evento, o presidente do Tribunal de Justiça, Walter Waltenberg, agradeceu a presença dos componentes da mesa e se dirigiu à juíza auxiliar da Presidência, Euma Tourinho, para agradecê-la "por sua dedicação, tenacidade, foco e, principalmente, por emprestar a sua inteligência à minha administração”.
O presidente agradeceu aos jornalistas e estudantes presentes, ressaltando o importante papel da mídia. "O jornalista ajuda a nos dirigirmos à população, que é o nosso público-alvo. O jurisdicionado precisa compreender o funcionamento da Justiça, com suas decisões extremamente áridas em caminhos tortuosos, onde a linguagem, de tão erudita, parece uma coisa velha e 'bolorenta'. Vocês conseguem traduzir isso, na maioria das vezes, e eu fico muito encantado com essa possibilidade", disse o magistrado.
Em agradecimento às palavras da presidente do Sindicato dos Jornalistas de Rondônia (Sinjor), Sara Xavier, Walter Waltenberg disse que "o reconhecimento, na verdade, não é meu. Nós temos um órgão máximo aqui, que é o Tribunal Pleno. Eu sou apenas um representante da expressão do conjunto dos desembargadores que compõem esse órgão e, de certa forma, também os magistrados do Estado. A orientação que todos nós recebemos é de estarmos sempre à disposição do jornalista, porque ele confere o nosso trabalho, afere a nossa produtividade, percebe se nós estamos no caminho certo e atendendo aquilo que somos pagos para atender. Então, o meu respeito pela classe é enorme e eu fico muito agradecido".
Essa foi a tônica também do discurso da juíza Euma Tourinho, que afirmou sempre atender aos jornalistas, por achar importante o esclarecimento ao cidadão. Lembrou, ainda, ao público da trajetória do avô, Euro Tourinho, jornalista proprietário do jornal Alto Madeira, que tem sua vida dedicada à imprensa.
Sara Xavier parabenizou a iniciativa da palestra, tão salutar para a classe, destacando que o jornalista deve sempre se trilhar no caminho da Verdade. O professor Benedito Teles comentou a pertinência do tema, sobretudo para os estudantes, os profissionais que devem encarar, ainda, mais mudanças tecnológicas como futuros profissionais.
A coordenadora de comunicação do TJRO, jornalista Simone Norberto, agradeceu ao presidente do TJRO pelo apoio e liberdade para o exercício da comunicação e destacou a prioridade dada ao atendimento à imprensa. Ela falou dos trabalhos realizados, assim como das premiações conquistadas pela CCOM, como do projeto “Declare seu Amor”. “Mas não há prêmio melhor do que ver que a informação que você repassou aos colegas, municiando-os com fontes, entrevistas, imagens e esclarecimentos, chegou até o cidadão por meio dos sites, jornais, telejornais ou programas de rádio”.
Palestra
Em seguida, a palestrante abordou assuntos relacionados ao mundo virtual, ou seja, a revolução da informação; Consumo da Informação; Novas Mídias; Fake News, e como as instituições e imprensa se comunicam. Dirigindo-se à plateia foi abordado, entre outros, que, atualmente, não é mais só jornalista que produz informação, mas todas pessoas pelas redes sociais. Disse que, atualmente, as verdades são questionadas em face de notícias falsas, criadas, principalmente, nos grupos de famílias, por meio das redes sociais.
Patrícia destacou que a tecnologia prende as pessoas. “A gente faz tudo abraçado ao celular, não temos mais privacidade, estamos vivendo um momento de Fake News, em que a verdade é questionada o tempo todo”. Para ela, por mais avançada que seja a tecnologia das mídias, não vai exterminar o trabalho humano”.
Além disso foi abordado sobre gestão de crise, a qual é importante aprender para lidar com situações de aflição. Ela disse que é “necessário aprender a mudança de comportamento humano, assim como procurar entender o que as pessoas querem e não aquilo que eu quero, para, assim, criar uma comunicação forte com todos os públicos, e trabalhar com transparência em tempo real”.
Após a palestra foi aberto espaço à plateia para realizarem perguntas. Por fim, o presidente do Tribunal, finalizando o evento, agradeceu à palestrante, aos jornalistas e acadêmicos presentes, assim como à coordenadora de comunicação, Simone Norberto, e deixou uma pergunta: “como sermos mais importantes que o celular no momento em que vivemos?”.
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Assessoria de Comunicação Institucional