Três equipes foram premiadas durante II Hackajus, o Hackaton do Judiciário, que teve início às 10 horas, de sexta-feira, 15, no Porto Velho Shopping, e terminou às 19 horas, do dia 16, justamente com a análise dos trabalhos apresentados e a premiação. A maratona tecnológica do Judiciário de Rondônia, uma competição que desafia os participantes a desenvolverem soluções inovadoras para os serviços prestados pelo TJRO, teve como tema “Melhorias dos Serviços Jurisdicionais” e contou com ótimas alternativas apresentadas pelos competidores.
Em primeiro lugar ficou a equipe “Team Flaming”, que apresentou uma solução voltada para os usuários da Justiça beneficiados com decisões de medicamentos, transferindo a responsabilidade de prestação de contas deles para os fornecedores. Em segundo ficou a equipe Tempestade, com o projeto para agilizar a petição inicial, utilizando, para isso, a Inteligência Artificial para verificar os dados e classificando a complexidade do processo. Em terceiro a “Equipe Um”, que apresentou um aplicativo integrando o WhatsApp com a consulta processual para oferecer acesso de dados mais ágil à população.
O HackaJus teve a sua primeira edição realizada no ano passado, durante a 1ª Campus Party da Região Norte, realizada em Porto Velho, e na qual o TJRO teve participação ativa. Na ocasião, os temas apresentados foram relacionados com o acesso irrestrito à Justiça e celeridade processual aliada à qualidade e à transparência, princípios da missão institucional e estratégica do Poder Judiciário.
Um dos trabalhos premiados no ano passado sugeria a criação de um chatbot, assistente virtual que foi implementado, no último dia 7, pelo Escritório de Inovação em parceria com a Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação - Stic, do TJRO, com o objetivo de viabilizar um canal de atendimento ininterrupto com o cidadão e que utiliza um diálogo humanizado para consultas processuais.
No primeiro dia do HackaJus, após o credenciamento e a abertura dos trabalhos, foram apresentados os temas para a organização da maratona. A participação no desafio é permitida a estudantes e profissionais das áreas como programação e desenvolvimento de software, direito, design gráfico/digital, comunicação, administração ou gestão de projetos e outras áreas relacionadas com o tema. No segundo os trabalhos apresentados são avaliados pelos jurados
Participação de órgãos que compõem o Sistema da Justiça
O II HackaJus contou com a participação de representantes do Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, Procuradoria-Geral do Estado, Ministério Público e Ordem dos Advogados do Brasil. Eles atuaram como jurados e mentores, orientando as equipes para que encontrassem as soluções ideais.
O juiz Johnny Gustavo Clemes ficou satisfeito com os resultados apresentados. “O Judiciário acerta porque abre suas portas para que pessoas de fora, um outro olhar, possam agregar pensamentos para, coletivamente, encontrar ideias para problemas até então não resolvidos”, destacou.
“É importante o Judiciário reconhecer que tem problemas e chamar a população para resolvê-los juntos e, ainda, permitir que os jovens criem iniciativas importantes para acelerar a Justiça”, opinou Cássio Bruno Souza, procurar do Estado.
“Eu não tenho a menor dúvida que, a partir dessa iniciativa do Tribunal de Justiça, utilizando as ideias dessa juventude vamos conseguir avançar bastante para melhorar a eficiência da prestação jurisdicional”, ressaltou Eduardo Guimarães Borges, defensor público.
Para o representante da OAB, Edson Pontes Pinto, que é, também, diretor da Escola Superior da Advocacia e fundador do Porto Velho Legal Hacker, ”mais uma vez o TJRO inova ao impulsionar com a comunidade projetos de impacto aos jurisdicionados e aos serviços jurídicos de um modo geral. Eventos como esse aproximam direito e tecnologia na prática, e fazem surgir ideias e ferramentas que podem mudar a forma como lidamos com os serviços jurídicos".
Para o presidente do TJRO, Walter Waltenberg, a participação dos atores da Justiça faz com que o evento seja “uma forma mais aproximada da concretização e da efetividade do que poderá se transformar numa ferramenta de otimização dos nossos serviços jurisdicionais”.
De acordo com a diretora do Escritório de Inovação, Rosana Souza, “os mentores orientam as equipes na viabilização das ideias apresentadas, para que todos os empecilhos que, eventualmente, surjam na elaboração das soluções sejam sanados e adequados à lei, garantindo a sua evolução para a realidade”.
Assessoria de Comunicação Institucional