Ao assumir a titularidade da 1ª Vara Criminal de Pimenta Bueno, em 2016, a juíza Roberta Cristina Garcia Macedo deparou-se com um grande desafio: o alto número de casos de violência doméstica. “Resolvemos, então, solicitar aos servidores do Núcleo Psicossocial que desenvolvessem um projeto que tivesse como foco o combate à violência doméstica e ao mesmo tempo a promoção da igualdade dentro dos lares na nossa sociedade”, disse. No ano seguinte, teve início o projeto Aequalitas, que em menos de quatro anos já atendeu mais de 100 pessoas, entre vítimas e agressores.
Com origem no latim, o termo Aequalitas, que remete à igualdade, foi escolhido para dar nome ao projeto, que consiste em promover grupos de reflexão que buscam discutir as causas dessa violência. “No grupo é muito gratificante ouvi-los falar sobre o reconhecimento desse papel masculino dentro do ambiente da violência doméstica e como eles podem, numa perspectiva de presente e futuro, mudar comportamentos”, diz a assistente social Janaíne Carla Bernardi.
Nos encontros são abordados de forma interativa temas como questões de gênero, ciclo da violência, Lei Maria da Penha, comunicação não-violenta e resolução pacífica de conflitos. “Muitos deles nem tem consciência que muito das suas práticas de agressão estão pautadas e organizadas em torno dessa ideologia de desequilíbrio e violação de direitos humanos contra as mulheres”, acrescenta o psicólogo Leandro Missiato.
Prova da eficiência do projeto na Comarca de Pimenta Bueno é o índice de reincidência de quem participou do projeto é de 1,16%.
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Assessoria de Comunicação Institucional