Inovação atende recomendação do Conselho Nacional de Justiça
As Oficinas atendem à Recomendação nº 50, do Conselho Nacional de Justiça, de maio de 2014, que orientaou os tribunais de Justiça a adotar as Oficinas de Parentalidade como política pública na resolução e prevenção de conflitos familiares.
O idealizador do projeto em Porto Velho, juiz João Adalberto Castro Alves, ressalta que o objetivo das Oficinas é prestar apoio às famílias que passam por um momento de grandes mudanças, promover reflexões sobre o papel parental e as consequências dos conflitos para os filhos.
Segundo o magistrado, a pesquisa realizada nas varas de família da Comarca de Porto Velho-RO, no período de março de 2016 a fevereiro de 2018, em parceria como o CepepP/Emeron, constatou que nos 234 processos que foram submetidos à oficina de parentalidade 69% foram solucionados por acordo dos participantes que conseguiram, a partir do trabalho realizado, equacionar o problema. “O que nós pretendemos no âmbito das varas de família e com o próprio Serviço de Apoio Psicossocial e as Oficinas de Parentalidade e os demais projetos e programas desenvolvidos, é que nós não tenhamos uma jurisdição que resolva processo, mas sim que ajude as pessoas que recorrem às varas de família para solução do conflito, para que haja pacificação social”, afirma o magistrado.
Para o coordenador responsável pela organização e realização das oficinas, Fredson dos Santos Batista, psicólogo do Serviço de Apoio às Varas de Família, até março de 2020 foram realizadas 44 oficinas presenciais, com a participação média de 30 pessoas por encontro, contemplando até o momento 1.251 participantes. Para a oficina online foram convidadas 84 famílias, que participaram por meio do aplicativo GoogleMeet, sendo estabelecidas duas salas distintas, para evitar discussões e permitir a expressão de sentimentos e dúvidas, como também reflexões e ressignificações. As salas destinadas aos pais, em regra, são formadas por homens e mulheres, o que permite a escuta do outro e o desenvolvimento de empatia diante das questões apresentadas.
Sobre a experiência do trabalho realizado, Isabela Paludo, psicóloga, mediadora e instrutora da Oficina, afirma que “a participação na Oficina fomenta o restabelecimento de um canal de comunicação com os genitores, bem como propicia reflexão e diálogo sobre os conflitos causadores de traumas e sofrimentos, prevenindo casos de alienação parental, além de possibilitar uma comunicação não violenta”.
Assessoria de Comunicação Institucional