Lutar pelo direito de toda criança e adolescente viver em família, um esforço diário realizado pela equipe da Vara de Proteção à Infância e Juventude do Poder Judiciário do Estado de Rondônia. Mesmo em Pandemia, as ações de adoção se mantiveram e, ao contrário de outros Estados, não houve queda no número de adoções.

Em Porto Velho, 14 adoções ocorreram, sendo 6 de crianças acima de 5 anos e 3 de grupos de irmãos. O número é o resultado do empenho realizado pela equipe para que as adoções fossem possíveis em meio a tantas dificuldades. “Nós flexibilizamos as etapas, substituindo visitas por chamadas de vídeos. Isso permitiu que o processo seguisse sem prejuízos para as crianças”, explicou Fátima Souza, chefe do Núcleo Psicossocial da Vara de Proteção à Infância da capital. Outra novidade em 2020 foram os cursos preparatórios para adoção, realizados virtualmente.

Carla Jacarandá e Diogo Herde deram entrada no processo de adoção em abril de 2019, no entanto nunca imaginaram que iriam ser pais durante a pandemia. Em novembro de 2020 foram surpreendidos com a notícia da chegada de seus filhos, dois irmãos, um de 4 anos e um de 3 meses . “Aquele sonho que a mãe tem de ir à praça ou shopping não teve. Muitos amigos meus não conhecem nossos filhos. Está sendo um desafio com todas essas restrições”, explica Carla.

Caminho legal

Quando anunciou que havia dado entrada para adoção, Carla Jacarandá conta que, por trabalhar com projetos sociais em comunidade, recebeu muitas propostas ilegais. “Tem criança precisando de pai e mãe, não quer alguma? Fulana está grávida e não quer a criança. Vocês querem ficar?” contou. O casal, porém, optou pelo caminho legal. “A justiça entrega a criança com toda a garantia de que ele é seu filho. Nós sabemos a dificuldade de levar uma criança ao médico e ele pedir o histórico de saúde do seu filho, apesar de não sabermos por completo, a vara entrega algumas informações”, destacou.

Memória

Outro aspecto ressaltado pelos pais é com relação à trajetória das crianças. Diogo destaca que cada uma traz sua própria história e quanto maior a idade, mais vivência vai ter registrada. “Por isso é fundamental o acompanhamento de profissionais, fazer terapia, olhar para as  demandas próprias de cada uma. Devemos respeitar sempre o que cada criança passou”, destacou o pai.

A história de Carla, Diogo e seus filhos é um exemplo das emocionantes trajetórias de várias famílias que resolveram contar suas experiências para o Tribunal de Justiça de Rondônia, como forma de sensibilizar a sociedade à adoção, nesta semana que é dedicada ao tema.

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 Assessoria de Comunicação Institucional