A convite do Tribunal de Justiça de Rondônia, dois especialistas na área da saúde de Rondônia, Ana Lúcia Escobar e Reginaldo Lourenço, participaram de uma live para esclarecer dúvidas a respeito da vacinação contra a covid-19, com o foco no público infantil. A live, que foi transmitida pelo canal do TJ Rondônia no YouTube, teve mais mil visualizações. Servidores(as) e magistrados(as) enviaram questionamentos a respeito da segurança do imunizante, reações adversas e contra indicações, previamente, por meio de formulário, ou pelo chat da transmissão. A ação, promovida pela Divisão de Saúde e mediada pela enfermeira Rosana Ramalho, foi direcionada ao público interno da instituição, mas em função de se tratar de assunto de interesse público, foi aberta à sociedade e ficará disponível na íntegra no canal.
A iniciativa de falar sobre a vacinação infantil contra a covid se deu em função do início da aplicação neste público no Estado esta semana. Por conta do aumento preocupante no número de novos casos de covid no país, que registrou mais de 205 mil casos em um único dia, a Disau estendeu o convite para a pesquisadora em saúde e médica, Ana Lúcia Escobar, que, desde o início deste ano, passou a integrar o Gabinete de Gestão de Crise do TJRO, junto com o pesquisador Juan Villa Lobos, auxiliando com informações técnicas e científicas as decisões da administração para conter o avanço da doença. Ao alertar para o avanço da doença, Ana Escobar destacou que, apesar da explosão de casos, não há aumento expressivo no número de mortes pela doença como registrado no início da pandemia, o que revela a eficácia da vacinação da população.
Autorizada e iniciada este mês no Brasil, a vacinação de crianças com idades entre 5 e 11 anos é vista pela Organização Mundial de Saúde como importante para conter o agravamento da pandemia, tendo em vista que grande parte do público adulto já recebeu 3 doses. Para as crianças foi autorizado o uso de uma vacina específica produzida pela Pfizer, aprovada em três fases de estudo. Outras vacinas, inclusive uma brasileira, ainda estão em fase de estudos.
Nesta nova etapa da vacina, que tem como foco o público infantil, um grande desafio é a desinformação. Durante a live, participantes revelaram receio de levar seus filhos para se vacinarem por medo, ao tomarem conhecimento de reações graves registradas em alguns casos como uma criança de 10 anos em Lençóis Paulista, que teve uma parada cardiorrespiratória. Apesar de a criança ter recebido a dose da vacina, o médico ressaltou que ainda não havia confirmação de relação com a vacina. Na parte da tarde, uma nota oficial do Governo de São Paulo descartou a vacina como causa da emergência médica na criança. (Clique aqui para acessar)
O pediatra esclareceu que todas as vacinas já consolidadas na saúde pública brasileira podem gerar reações adversas. Por outro lado, os riscos da covid-19 para as crianças são evidenciados nas estatísticas oficiais que, no ano passado, apontaram a doença como a segunda maior causa de mortes de crianças entre 5 e 11 anos. A busca por informações públicas e confiáveis sobre a doença e a vacina foram apontadas pelo pediatra como fundamental para embasar a decisão de vacinar os filhos. “A decisão sempre do pai, mas essa decisão deve ser responsável, pautada em dados e com informações”, esclareceu o profissional, que elogiou a iniciativa do TJRO de abrir espaço para discussão.
Reginaldo Lourenço também fez um apelo para que todos busquem se certificar sobre a credibilidade das informações obtidas, que podem ser aferidas por meio de agências nacionais e internacionais de referência para a saúde. A clareza das informações foi elogiada por participantes. “Excelentes explicações, baseadas em estudos, ciências, decisões coletivas de cientistas”, avaliou a servidora Janaina Bernardi, por meio do chat.
Outras ações
Além da live, outras ações de cunho institucional promovidas pela Disau têm como objetivo o incentivo da população à vacinação. No entanto, a enfermeira da Disau ressaltou também a importância de manter as medidas necessárias para evitar a proliferação do vírus, como o uso de máscaras e o distanciamento social sempre que possível. Nas unidades do TJRO, servidores(as) e magistrados(as) com sintomas da doença são orientados a se afastarem do trabalho para prevenção. Atualmente, o Judiciário de Rondônia está na etapa 2 do Retorno Programado às Atividades Presenciais, em que estabelece medidas restritivas significativas e segue monitorando os casos.
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Assessoria de Comunicação Institucional