Uma audiência da 3ª Vara Família da comarca de Porto Velho foi realizada com sucesso graças à atuação da intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) Núbia Lopes, do Tribunal de Justiça de Rondônia, nesta sexta-feira, 8. Por videoconferência, ela realizou a interpretação dos depoimentos das partes ao juiz e das falas do magistrado às duas pessoas surdas. A ação faz parte do esforço do Poder Judiciário para proporcionar acessibilidade e inclusão a todos que buscam os serviços judiciários.
Segundo a tradutora, que integra o Núcleo de Acessibilidade e Gestão Socioambiental (Nages) do TJRO, a ação é essencial para proporcionar a comunicação entre as partes e o juiz, na medida em que dá oportunidade para que as pessoas surdas participem sem qualquer embaraço dos atos judiciais, tendo plenitude no exercício de seus direitos.
Para ampliar esse acesso e tornar o PJRO ainda mais inclusivo, foi publicada na última quinta-feira, 7, no Diário da Justiça Eletrônica, a convocação de 45 servidores e servidoras do Poder Judiciário do Estado de Rondônia que participarão curso Comunicação Básica em Libras, Linguagem Brasileira de Sinais, que ocorrerá no período de 27 de junho a 05 de agosto de 2022, no Ambiente Virtual de Aprendizagem da Escola da Magistratura de Rondônia – AVA.
A formação é mais uma ação institucional que promove a inclusão das pessoas com deficiência auditiva e amplia o acesso das mesas aos serviços judiciais. Nas redes sociais e outras comunicações em vídeo, o Tribunal de Justiça já utiliza a tradução em Libras, por meio de intérprete. O fomento, o uso e a disseminação da Libras é uma previsão legal. “Essas iniciativas são de grande valia não só porque cumpre os dispositivos legais, mas porque inclui os concidadãos surdos brasileiro nas mais diversas áreas de atividades políticas”, afirma Núbia Sussuarana, intérprete de Libras no TJRO.
De acordo com o juiz auxiliar da Presidência, Guilherme Baldan, que integra a Comissão de Acessibilidade do TJRO, quando um servidor se propõe a aprender Libras, acaba conhecendo nuances da cultura surda. “Porque estudar a língua de um povo é estudar a história desses, pois não há língua natural separada de seus falantes naturais”, afirmou o magistrado.
Assessoria de Comunicação Institucional