Um conjunto de práticas sustentáveis desenvolvidas coletivamente busca mudar os hábitos e rotinas dentre servidores(as), magistrados(as), estagiários(as) e terceirizados(as) da Comarca de Pimenta Bueno. É o projeto Liga do Bem Viver, lançado no dia 19 de maio, em solenidade que contou com a presença dos integrantes do Nages-Núcleo de Acessibilidade, Inclusão e Gestão Socioambiental, além de autoridades locais como o secretário de meio ambiente do município Thiago Fajardo e o quadro de pessoal do Judiciário, coordenado pela juíza diretora do Fórum, Rejane Fraccaro.
“Aqui na comarca somos quase 70 servidores. Então, é uma ação que realmente vai fazer a diferença no bem-estar de um ambiente sustentável para gerações futuras, um bom uso dos recursos naturais, porque somos todos natureza, visando também um Judiciário sustentável”, lembrou a magistrada.
Na atividade inicial do projeto, uma palestra para inspirar a todos sobre as ações do projeto e distribuição de mudas de espécies regionais. Além disso, algumas premissas do projeto já foram incorporadas por servidores como o gesto da servidora Luiza Lopes que foi para o trabalho de bicicleta, buscando com isso fazer a sua parte na redução de impactos ambientais e bem-estar físico e mental.
“Acho que é uma forma de contribuir positivamente, não só para o nosso ambiente de trabalho, para a sociedade, para a natureza, mas, principalmente, como ser humano que está interligado em tudo isso. Isso nos traz não só um bem-estar físico é um bem-estar mental também, que vai ligando, por isso que é uma liga, vai ligando em todos os aspectos na sociedade, em todos os lugares, mas, principalmente, no nosso ambiente de trabalho para a gente atender melhor aos cidadãos”, destacou Luiza.
O projeto "Liga do Bem Viver" propõe um modelo participativo – liga de servidores(as) e magistrados(as) -, de ações de sustentabilidade nas suas dimensões ambiental, Bem Viver, diversidade, inclusão e acessibilidade dentre o público interno do TJRO, podendo alcançar a sociedade em geral.
O projeto foi estruturado para estimular atuação comunitária que integre os servidores e servidoras em boas práticas de sustentabilidade e Bem Viver, ao mesmo tempo em que atue com novos modos de produção, consumo, descarte de resíduos, além de relacionamentos intra e interpessoal e comunitário. Objetiva-se, ainda, que o projeto seja o piloto para a elaboração de um modelo que possa inspirar e ser replicado pelas comarcas do interior às atividades de cuidado com a vida da natureza, sua própria vida e a vida daqueles que o cercam.
Conforme o projeto, a opção pela modalidade de liga é justamente por entender que o trabalho coletivo é a forma mais eficiente para superar os grandes e complexos desafios socioambientais.
“A Liga é uma iniciativa que visa recuperar o que há de melhor em nós e a nossa relação solidária e fraterna, não somente dentre nós, pessoas, mas com todos os outros seres vivos, tendo a terra como esse lugar, a casa comum que nós dividimos a nossa vida. Nós incentivamos o uso de energia limpa, então, uma vez por semana, os servidores serão convidados e inspirados a usarem a bicicleta ou vir até mesmo de a pé para o trabalho. Nós vamos contabilizar todos esses quilômetros e essa colaboração para depois calcularmos os passos verdes dos nossos colegas, que significa o quanto nós deixamos de emitir gases poluentes que contribuem para o aquecimento global. E, além disso, vai ajudar as pessoas a terem prática de atividade física e colaborar, também, para um fluxo do trânsito mais harmonioso na cidade”, explicou Leandro Aparecido Fonseca, psicólogo da comarca.
As ações do projeto estão alinhadas a normativos e instrumentos estratégicos da instituição, com o encadeamento dentre Estratégia Institucional, Plano de Logística Sustentável (PLS) - em vários temas do plano -, Índice de Desempenho de Sustentabilidade (IDS), Prêmio CNJ de Qualidade, Boas Práticas do CNJ, bem como, contribuem para o Concurso dos Assistentes de Direção.
Características
As práticas pensadas, articuladas, desenvolvidas estão ancoradas no trabalho coletivo, na vivência real e imediata do Bem Viver, na sustentabilidade, diversidade, interculturalidade, acessibilidade e inclusão, o que são valores que sustentam a Liga.
Dentre as ações previstas, coleta seletiva e destinação ambientalmente correta; consumo consciente de água, energia e bens de consumo como papel e copos descartáveis; estímulo ao uso de bicicleta para o trabalho; rodas de conversa “positividades” (uma vez ao mês, durante uma hora para falar sobre valores que enobrecem a vida e estimulam conexões mais saudáveis, sustentáveis, diversas, inclusivas e felizes); sensibilização sobre a sustentabilidade ambiental, acessibilidade, diversidade e interculturalidade); horta medicinal e com plantas alimentícias não convencionais (PANC) e convencionais; compostagem de resíduos orgânicos, dentre outros.
A metodologia inicial apresenta ações a serem desenvolvidas pela comarca interessada, nesse caso a Comarca de Pimenta Bueno, como piloto, em que a equipe gestora do projeto irá organizar a sensibilização, recrutamento, seleção, cadastro e formação dos ligantes, além de estruturar o necessário para a execução das atividades.
“Um fator muito importante é a gente conseguir colocar isso de forma fluida, de forma natural no nosso cotidiano. Não trazer esse olhar de separação e, sim, de integração, de que todas essas ações, iniciativas que serão fortalecidas pela liga do Bem Viver, elas estarão dentro do nosso dia a dia, então como fazer que a gente se sinta parte, que a gente esteja incluída nesse olhar do Bem Viver, nesse olhar da sustentabilidade, qual é a minha parte?, qual é a minha relação dentro de todo esse contexto?, dentro de todo esse cenário?, que tem o todo e, claro, a partezinha de cada um”, pontuou Maiara Ribeiro, coordenadora do Nages.
Assessoria de Comunicação Institucional