O encontro de magistrados brasileiros que atuam nos Juizados Especiais foi aberto em noite de espetáculo, no teatro Palácio das Artes, em Porto Velho. O XLI Fonaje foi marcado por momentos de reflexão e comemoração, afinal, nesta edição, o Fórum comemora "20 anos de democratização do acesso à Justiça".
A apresentação cultural "Sons da Beira", com os músicos Bira Lourenço e Katatau, trouxeram para o palco a sonoridade amazônica, os timbres e os ritmos do universo ribeirinho, com instrumentos inusitados como moringas, cabaças e varas de bambus.
Após a intervenção cultural, o presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, desembargador Sansão Saldanha, declarou aberta a solenidade e passou a palavra à presidente do Fórum Nacional de Juizados Especiais, juíza Maria do Carmo Honório, que agradeceu o apoio e acolhimento da Justiça de Rondônia nesta empreitada de discussões e busca pelo aperfeiçoamento judicial. "Nesses 20 anos, muito se avançou, mas estamos no meio do caminho, temos ainda muito a conquistar", disse a magistrada.
Palestras
Daniel Godri Júnior foi o convidado para a palestra de abertura, cujo tema, "Excelência pessoal", propôs dicas para melhora do clima organizacional e o relacionamento interpessoal nas unidades de atuação.
Em mais dois dias de encontro, outros palestrantes trouxeram contribuições importantes. Arthur Rollo, secretário-geral da comissão de direitos do consumidor da OAB-SP, falou sobre "Relações de Consumo: Métodos Alternativos de Solução de Conflitos".
Marcelo Mesquita fez um histórico da evolução do Sistema Eletrônico, o qual considera essencial para dar vazão ao volume de processos, por isso, para ele, é necessário pensar no futuro dessas ferramentas. José Ricardo Ferreira Cunha, na Palestra "Ética e Democratização da Justiça", falou sobre a necessidade de se colocar no lugar a cada decisão, atendimento ou conciliação. "O componente empatia é também importante para pensarmos ética".