Arte de integração com a comunidade. O projeto de valorização e humanização da gestão de pessoas do Tribunal de Justiça, no qual inclui o Coral Vozes do Madeira, tem como resultado o envolvimento de vários servidores com a música, instrumento que acaba proporcionando um ambiente de trabalho melhor e uma união com corais de outros órgãos como o Canto Livre do Ministério Público e Coral Moradia e Cidadania, da CEF.
O resultado é o "Canto para Todos, Cantando Histórias", espetáculo musical sob a regência da Maestrina Sabrynne Sena, com duração de 1 hora e 30 minutos, que será apresentado à sociedade nos dias, 23, 24, 26 e 27 de outubro de 2017, no Teatro Guaporé. O evento é gratuito.
Canto para Todos
O projeto Musical Canto Para Todos IV “Cantando Histórias” tem como objetivo resgatar a história da movimentação das pessoas em busca de melhorias, sonhos e aventuras, em especial na cidade de Porto Velho, construída por pessoas de todos os pontos do país. Para isso, utiliza um roteiro composto por 23 canções algumas de compositores regionais, como o Bado, e também nacionais como Djvan, Giberto Gil e Chico Buarque.
Na terra quente na qual todos foram acolhidos, se faz necessário, portanto, identificar a movimentação e expressar por meio das músicas o tanto que a cidade é generosa, tal como a expressão da letra da música: “Porto Velho bom lugar”. Por isso a viagem musical da História de Porto Velho abrange desde os primeiros habitantes, a construção da Estrada Ferro Madeira Mamoré, o crescimento dos bairros, o garimpo e demais fatos que ensejaram o perfil da terra. Assim, é uma faceta do Estado de Rondônia que será detalhada pelas andanças às cidades de Forte Príncipe da Beira a Vilhena, uma verdadeira colcha de retalhos de cultura e história.
"O enfoque deste espetáculo é trazer um repertório cuidadosamente escolhido e fazer a viagem dentro da nossa História Regional e Geral", explica a maestrina Sabrynne Sena.
O Canto Para Todos está em sua quarta edição e apresenta os talentos artísticos de servidores, magistrados e seus dependentes, sempre com uma concepção artística caprichada que inclui preocupações com figurinos e adereços, iluminação e produção. Afinal, todo ser humano possui potencial para entender música, desde que sejam dadas condições e oportunidades para descobrir o sentido e o significado da música para sua vida.
As outras edições do Canto para Todos foi muito bem aceita tanto pelo público interno quanto externo. Nos anos seguintes o projeto seguiu de maneira crescente e desafiador. Em 2015, realizou-se o “Canto para Todos II – Canções e Momentos” e em 2016 “Canto para Todos III – Rock Histórias, ambos com o mesmo sucesso de repercussão e público inicial.
Dessa forma, este projeto possibilita a continuidade da realização de um evento que já entrou para o calendário das instituições, bem como do município de Porto Velho.
"Não existe linguagem mais universal do que a música. Ouve-se música por onde se passa, reconhece-se por sua diversificação expressa na pluralidade de sons e ritmos. A música é capaz de evocar as mais significativas memórias nas pessoas, com um repertório cuidadosamente escolhido, onde trazemos à memória histórias sobre Rondônia, assim como a nossa tão saudosa Estrada de Ferro Madeira Mamoré, responsável pela conexão territorial entre o Brasil e a Bolívia, que, após seus 54 anos de história e atividade, foi desativada, deixando nos anais da história a revolução, na época sendo a primeira grande obra da engenharia civil norteamericana fora dos EUA, que pela sede de melhores condições de trabalho e vida, pudemos contar com mais de 20 mil trabalhadores de 50 diferentes nacionalidades, mas que, infelizmente, conforme dados que podem ser comprovados, por volta de 6 mil trabalhadores não resistiram e foram perdidos pelo ataque de doenças tropicais e ataques indígenas. Tamanho fato não poderia passar desapercebido e deixar de ser homenageado pela grande importância no progresso naquela época", argumentou a coralista e historiadora, Cecileide Correa, ao oficializar o projeto.